Uma análise de como a retina do olho dispersa a luz mostra-se promissora como um auxílio para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer é responsável por 60 a 80% dos casos de demência, uma condição incurável que prejudica progressivamente a memória e o pensamento, a ponto de não ser mais possível viver de forma independente.
A presença de aglomerados tóxicos de proteína beta-amilóide no cérebro é uma marca registrada da doença de Alzheimer.
Se houvesse uma maneira de detectar os grupos tóxicos de beta-amilóide nos estágios iniciais, isso poderia melhorar muito o diagnóstico precoce e aumentar o potencial de tratamento para retardar a progressão da doença.
Como a retina é uma extensão do cérebro, é possível que esses grupos de proteínas tóxicas também se formem lá.
Esse conhecimento levou os cientistas a procurar os biomarcadores de Alzheimer na retina, o que é fácil de examinar de forma não invasiva.
Cientistas da Universidade de Minnesota, em Minneapolis, chegaram a essa conclusão após realizar um estudo recente, cujas descobertas aparecem na ACS Chemical Neuroscience.
Os pesquisadores investigaram a imagem hiperespectral da retina (HSI) como uma técnica potencial para a detecção precoce da doença de Alzheimer em 35 pessoas.
O HSI é um método de imagem emergente na medicina. Como auxílio ao diagnóstico, ele pode fornecer informações valiosas sobre a composição e estrutura dos tecidos.
Os cientistas podem fazer varreduras HSI da retina usando uma câmera especial conectada a um sistema de imagem espectral.
O método, que leva cerca de 10 minutos para administrar, não é invasivo e não requer a injeção de substâncias traçadoras.
Fonte: Revista Universo Visual
