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Como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode afetar a visão?

Oftalmologia

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A saúde ocular costuma ser associada a doenças específicas dos olhos, como miopia, hipermetropia, astigmatismo ou catarata. Porém, é importante ampliar esse olhar e entender que condições neurológicas — como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) — também podem afetar a forma como a visão é processada e utilizada no dia a dia. Isso acontece porque o autismo está intimamente ligado ao funcionamento do sistema sensorial, que inclui o sentido da visão.

Embora o autismo não seja uma condição oftalmológica em si, ele pode impactar significativamente o modo como os estímulos visuais são percebidos e interpretados.

Segundo a oftalmologista Dra. Carolina Donner (CRM: 1147986-RJ e RQE 53888), da Clínica de Olhos Benchimol, pessoas com TEA podem apresentar hiper ou hipossensibilidade à luz, dificuldade em manter contato visual direto e tendência a fixar o olhar por longos períodos em objetos ou detalhes que chamem sua atenção. Essas manifestações não são consideradas doenças oculares, mas sim formas diferentes de interação com o ambiente visual — e podem influenciar profundamente o desenvolvimento, a aprendizagem e a forma como a pessoa se relaciona com o mundo.

Entendendo como TEA pode afetar a visão

O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações na comunicação, interação social e padrões repetitivos de comportamento. Além desses aspectos, as alterações sensoriais são uma característica bastante comum em pessoas com TEA. E entre os sentidos mais frequentemente impactados está a visão.

Crianças e adultos dentro do espectro podem reagir de maneira diferente a estímulos visuais simples para a maioria das pessoas. Por exemplo, uma luz fluorescente que pisca sutilmente — muitas vezes despercebida pela maioria — pode gerar desconforto ou até crises em alguém com hipersensibilidade visual. Em outros casos, a criança pode demonstrar pouco interesse visual pelo ambiente, não reagindo a movimentos, rostos ou objetos coloridos.

“Mesmo que tudo pareça normal, é essencial garantir que a visão esteja adequada, pois isso impacta diretamente no desenvolvimento global.”, afirma Dra. Carolina (CRM: 1147986-RJ e RQE 53888). Ela destaca que a oftalmologia tem um papel fundamental, não só no diagnóstico precoce de possíveis alterações visuais, como também na construção de ambientes e estratégias mais adequadas para o desenvolvimento, a socialização e a aprendizagem dessas crianças.

Alterações visuais mais frequentes no espectro autista

Nem todas as pessoas com TEA apresentam alterações visuais atípicas, mas alguns comportamentos se repetem com frequência nesse grupo. Entre os mais comuns estão:

Evitar o contato visual direto com outras pessoas;

Olhar com o canto dos olhos;

Fixar o olhar por muito tempo em objetos giratórios ou com padrões repetitivos;

Reagir com incômodo a ambientes muito iluminados ou com luzes piscantes;

Piscar de forma excessiva ou com frequência incomum;

Demonstrar fascínio por reflexos ou brilhos.

É importante lembrar que esses comportamentos não indicam, necessariamente, uma doença ocular, mas refletem a forma como o cérebro da pessoa autista processa os estímulos visuais.

“Essas características variam muito de pessoa para pessoa, e nem toda pessoa com TEA apresenta peculiaridades visuais.”, explica a médica.

Ambientes e estímulos visuais: um ponto de atenção

Muitas vezes, crianças com TEA demonstram desconforto em ambientes visuais altamente estimulantes. Locais com luzes fortes, movimentação intensa, paredes com muitas cores ou padrões visuais complexos podem gerar agitação ou desorganização sensorial. Esse tipo de estímulo pode ser especialmente desafiador em escolas, shoppings, festas e até em consultórios médicos mal preparados.

Nesse cenário, o papel do oftalmologista é ir além da consulta técnica e colaborar com a adaptação do ambiente. Junto aos pais, educadores e terapeutas, é possível identificar reações e desenvolver estratégias que promovam o conforto visual da criança. “Os mesmos exames indicados para todas as crianças são recomendados para pacientes com TEA. Dependendo do caso, podem incluir: biomicroscopia, avaliação da motilidade ocular, tonometria, fundoscopia, mapeamento de retina, avaliação da acuidade visual sem correção e refração.”, comenta a Dra. Carolina Donner (CRM: 1147986-RJ e RQE 53888).

A importância da avaliação oftalmológica precoce

Mesmo que não haja sinais visíveis de alterações, é importante realizar exames oftalmológicos periódicos desde os primeiros meses de vida. A visão é um dos pilares do desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Crianças pequenas, especialmente aquelas com TEA, muitas vezes não conseguem expressar verbalmente desconfortos visuais — o que reforça a importância de avaliações preventivas e regulares.

A especialista recomenda que a primeira consulta oftalmológica ocorra entre os 6 e 12 meses de idade, a segunda entre os 3 e 5 anos e, após isso, as revisões devem ser feitas anualmente. Além disso, sinais como estrabismo, tropeços frequentes, aproximação excessiva de objetoslacrimejamento constante ou reflexo branco em fotos são indicativos de que uma avaliação mais detalhada pode ser necessária.

Acolhimento no atendimento oftalmológico

O sucesso do atendimento oftalmológico de uma pessoa com TEA vai além dos exames. É preciso empatia, planejamento e um ambiente acolhedor. Dra. Carolina Donner (CRM: 1147986-RJ e RQE 53888) ressalta a importância de um espaço calmo, com explicações simples e claras, e, sempre que necessário, tempo estendido para a consulta. 

Ela também reforça que nem sempre é possível concluir todos os exames em uma única visita. O respeito ao tempo de cada paciente, sua forma de se comunicar e seus limites sensoriais são fundamentais para criar uma relação de confiança e garantir que o cuidado com a saúde ocular seja eficaz.

O papel dos pais, cuidadores e educadores

Pais, familiares, professores e cuidadores desempenham um papel crucial na detecção precoce de alterações visuais. São essas pessoas que convivem diariamente com a criança e podem perceber os primeiros sinais de desconforto ou dificuldade — seja ao assistir TV, ao ler, ao brincar ou interagir com o ambiente.

Relatar essas observações ao oftalmologista é de grande ajuda para direcionar o atendimento de forma mais precisa. “O cérebro “aprende a ver” ao longo do tempo, à medida que recebe estímulos visuais. Se houver algum problema visual que não for tratado precocemente, a criança pode perder a janela crítica para o desenvolvimento visual pleno. Nesses casos, mesmo com cirurgia ou óculos na fase adulta, a visão não poderá ser completamente recuperada. ”, enfatiza Dra. Carolina Donner (CRM: 1147986-RJ e RQE 53888).

Cuidar da visão é cuidar do desenvolvimento

A relação entre TEA e saúde ocular vai muito além de diagnósticos. Ela nos convida a olhar para cada criança de forma única, respeitando suas diferenças, acolhendo suas necessidades e promovendo condições reais de desenvolvimento e bem-estar.

Na Clínica de Olhos Benchimol, o cuidado com a visão está alinhado com um olhar sensível e individualizado para cada paciente. A equipe entende que enxergar bem é fundamental não apenas para o aprendizado e a interação social, mas também para que a criança possa viver com mais conforto, segurança e liberdade.

Proporcione à sua criança a chance de enxergar o mundo com mais qualidade e acolhimento.
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Clínica de Olhos Benchimol
Cuidando da visão, promovendo desenvolvimento.

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